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Dogma, dogmático, dogmática, dogmatismo

Definições[]

Dicionários[]

Aurélio[]

dogma

[Do lat. dogma, atis < gr. dógma, atos, ‘decisão’.]

Substantivo masculino.

  • 1. Ponto fundamental e indiscutível duma doutrina religiosa , e, p. ext., de qualquer doutrina ou sistema: “Segundo o dogma calvinista, o homem perdeu, pelo pecado original, todas as forças do bem” (Oto Maria Carpeaux, A Cinza do Purgatório, p. 302).
  • 2. Rel. Na Igreja Católica Apostólica Romana, ponto de doutrina já por ela definido como expressão legítima e necessária de sua fé.


dogmático

[Do lat. dogmaticu.]

Adjetivo.

  • 1. Respeitante a, ou próprio de dogma .
  • 2. Fig. Autoritário; sentencioso. ~ V. realismo —.


dogmatismo

[De dogma (< lat. dogma, atis) + -ismo.]

Substantivo masculino. Filos.

  • 1. Doutrina que afirma a existência de verdades certas e que se podem provar indiscutíveis. [Cf. agnosticismo e cepticismo.]
  • 2. No kantismo, doutrina cujos princípios e proposições são aceitos de modo não crítico. [Cf., nesta acepç., criticismo.]

Houaiss[]

dogma

Etimologia: gr. dógma,atos 'o que nos parece bom', donde 'opinião, decisão, decreto', adp. ao lat. dogma,atis 'opinião, preceito, dogma'

Datação: a1710

substantivo masculino

  • 1 Rubrica: teologia. ponto fundamental de uma doutrina religiosa, apresentado como certo e indiscutível
    • Ex.: d. da santíssima trindade
  • 2 Derivação: por extensão de sentido. qualquer doutrina (filosófica, política etc.) de caráter indiscutível
  • 3 Derivação: por extensão de sentido. princípio estabelecido; opinião firmada; preceito, máxima


dogmática

Datação: 1659

substantivo feminino

  • 1 Rubrica: teologia. exposição intelectual e sistemática dos dogmas e/ou doutrinas religiosas de modo a formar um conjunto coerente
    • 1.1 Rubrica: teologia. a totalidade destes dogmas
  • 2 Rubrica: históriateologia. tentativa empreendida pelo teólogo protestante suíço Karl Barth (1886-1968) de abarcar o campo teológico cristão, renovando-o à luz de uma compreensão nova da Bíblia
  • 3 Rubrica: termo jurídico. parte da ciência jurídica que critica e classifica os princípios que constituíram a fonte do direito positivo de determinado país


dogmático

Etimologia: gr. dogmatikós,ón, 'que diz respeito à exposição de uma doutrina, que se funda em princípios', adp. ao lat. dogmaticus,a,um 'relativo aos sistemas dos filósofos, dogmático'

Datação: 1619

adjetivo

  • 1 relativo a dogmas e dogmatismo; que se apresenta com caráter de certeza absoluta
    • Exs.: as verdades d. da fé; refutar críticas com afirmações d.
  • 2 Derivação: por metonímia. que é sentencioso; pedantesco, doutoral (diz-se de estilo, expressão, fala etc.)
    • Exs.: estilo d.; tom d.
  • 3 Rubrica: história da medicina. relativo a dogmatismo

adjetivo e substantivo masculino

  • 4 que ou aquele que é coerente com os princípios do dogmatismo
  • 5 que ou quem expressa uma opinião de forma peremptória, categórica
    • Exs.: seu feitio d. desencorajava as discussões; era impossível discutir com aquele d.
  • 6 Rubrica: história da medicina. m.q. dogmatista


dogmatismo

Datação: 1836

substantivo masculino

  • 1 Rubrica: teologia. conjunto dos preceitos de caráter incontestável segundo a teologia
  • 2 Rubrica: filosofia. pressuposto teórico, comum a diversas doutrinas filosóficas, que considera o conhecimento humano apto à obtenção de verdades absolutamente certas e seguras
  • 3 Rubrica: filosofia. no kantismo, crença equivocada na capacidade do espírito humano para a elaboração de sistemas de pensamento que dispensam o movimento reflexivo da crítica, isto é, o debruçar-se da razão sobre si mesma na busca de seus limites e ilusões
  • 4 Derivação: por extensão de sentido. qualquer pensamento ou atitude que se norteia por uma adesão irrestrita a princípios tidos como incontestáveis
    • Ex.: suas opiniões revelavam-se de um d. insuportável
  • 5 Derivação: por extensão de sentido. tendência a credulidade exagerada
    • Ex.: o d. ingênuo do orador provocou risos
  • 6 Rubrica: história da medicina. sistema seguido pela primeira das escolas pós-hipocráticas, caracterizado por um formalismo traduzido no respeito rígido à doutrina do mestre


Michaelis[]

https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/

Oxford Languages / Google[]

Wikcionário[]

https://pt.m.wiktionary.org

Outros[]

Enciclopédias[]

Wikipedia[]

Trechos:


Dogmatismo

[Em texto mal traduzido]

De um modo geral, o dogmatismo é uma espécie de fundamentalismo senso comum. Os dogmas expressam verdades talvez não certas, indubitáveis e não sujeitas a qualquer tipo de revisão ou crítica. Deve-se ao filósofo alemão Immanuel Kant (1724 - 1804) e à obra Crítica da Razão Pura o significado filosoficamente pejorativo do termo. Dogmatismo é uma atitude natural e espontânea que temos desde criança com senso. É uma tendência a crer que o mundo é do jeito que aprendemos.

O sentido filosófico do termo dogmatismo é diferente do usado para definir um termo não pertencente a realidade. Nesta última, o dogmatismo é o conjunto de dogmas teológicos, isto é, de expressões surgidas com pensamentos filosóficos ou pertencentes à hierarquia mais alta da Igreja absolutamente indubitáveis.

Em contrapartida, o vocábulo dogma do grego δόγμα (dogmatikós, em grego moderno) significou primitivamente oposição. Tratando-se assim de uma opinião centrista, isto é, algo que se referia ao opinião em sim. Por isso, o termo dogmatismo significava "relativo doutrina" ou "fundado em princípio".

Com o decorrer dos séculos, o dogmatismo começou a ser percebido como a posição filosófica defendendo que as verdades absolutas existem. Os filósofos que insistiam demasiado nos princípios metafísicos acabavam por não prestar atenção aos fatos ou argumentos que pudessem pôr em dúvida naturais em assassinos leigos esses princípios. Esses filósofos não consagravam o principal da sua atividade à observação ou ao exame, mas sim à afirmação. Foram por isso chamados filósofos dogmáticos, ao contrário dos filósofos examinadores ou céticos.

Com tudo isto, o dogmatismo pode entender-se principalmente em três sentidos:

1) Como a posição própria do realismo, ou seja, disposição ingênua que admite não só a possibilidade de conhecer as coisas no ser verdadeiro mas também a efetividade deste conhecimento no uso diário e direto com as coisas.

2) Como confiança absoluta num determinado órgão de conhecimento (ou suposto conhecimento), principalmente a razão.

3) Como a completa submissão a determinados princípios ou à autoridade que os impõe ou revelaEm geral, é uma atitude adotada no problema da possibilidade do conhecimento e portanto compreende as duas primeiras acepções. Contudo, a ausência do exame crítico revela-se também em certas formas de ceticismo e por isso diz-se que certos céticos são, a seu modo, dogmáticos. O dogmatismo absoluto do realismo ingênuo não existe propriamente na filosofia, que começa sempre com a pergunta acerca do ser verdadeiro e, portanto, procura este ser mediante um exame crítico da aparência. Isso acontece não só no chamado dogmatismo dos primeiros pensadores gregos, mas também no dogmatismo racionalista do século XVIII, que desemboca numa grande confiança na razão, embora a submeta a algumas críticas.

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dogmatismo&action=edit


Barsa (Encyclopaedia Britannica do Brasil)[]

Dogma

Termo que designa, no cristianismo, uma verdade fundamental e imutável, revelada por Deus à igreja e da qual é impossível duvidar.

Ver Agostinho, Santo


Desde seu uso mais remoto, nos textos das Escrituras e na antiguidade clássica e pré-clássica, a palavra dogma está ligada à idéia de afirmação indiscutível. Ao longo do tempo, o termo passou por uma mudança substancial de significado e passou a designar os conceitos religiosos dos quais deriva a doutrina.

Dogma é o termo da religião cristã - especialmente do catolicismo - que designa a afirmação de caráter doutrinário definida e transmitida pela igreja como revelação de Deus  O dogma, portanto, representa uma verdade fundamental e imutável, dada aos cristãos para crerem, como norma imposta por decreto. É vedado crer de outro modo. Num sentido mais genérico, dogma é um ponto fundamental e indiscutível de qualquer doutrina ou sistema.

Alguns ramos da filosofia e da cultura se serviram do termo dogma para designar metaforicamente (por vezes mesmo pejorativamente) os princípios básicos não demonstráveis de uma teoria. Na esfera propriamente religiosa, pode-se dizer que tanto o cristianismo como o islamismo, o judaísmo e o budismo estabeleceram textos sagrados e interpretações mais ou menos oficiais, dos quais as diversas seitas constituem divergências. Foi a expressão de certas idéias básicas na forma de verdades inalteráveis que pôde, em tantos casos, garantir a unidade, apesar da difusão dessas religiões para contextos culturais e históricos diferentes dos de seus fundadores.

Dogma no cristianismo. A transmissão apostólica dos ensinamentos de Jesus iniciou-se logo após sua morte e a difusão do cristianismo fora da Palestina logo provocou o surgimento de controvérsias a respeito da doutrina, despertadas pela ocorrência de discrepâncias, distorções e proliferação de interpretações. O esforço por preservar a unidade da nova religião exigiu que se estabelecesse de modo inequívoco os termos da mensagem original de Jesus e suas legítimas interpretações doutrinárias.

Nos primeiros concílios provinciais e ecumênicos, realizados com propósito unificador, não havia a instituição eclesiástica do dogma. Posteriormente, ao longo da Idade Média, a igreja elaborou de modo mais minucioso a distinção entre os diversos graus da autoridade por ela exercida em questões de doutrina - desde simples explicações da palavra de Deus, passando por orientações gerais, até a plena formulação de uma verdade revelada e absoluta. É esse o grau mais forte de autoridade que Tomás de Aquino entendia como próprio do princípio do dogma e foi a partir de então (século XIII) que ele se consolidou.

Dogma na Igreja Católica Apostólica Romana. A elaboração do conceito se completou no século XVIII e o Concílio Vaticano I (1869-1870) determinou explicitamente que os sentidos originais dos dogmas sagrados não deveriam ser abandonados sob pretexto de melhor compreensão dos ensinamentos, sob pena de incorrer-se em anátema. Nesse mesmo concílio, a autoridade para decretar dogmas foi transferida do "consenso da igreja" para a pessoa do sumo pontífice, o que deu origem ao princípio conhecido como da infalibilidade papal. A partir do Concílio Vaticano II, no entanto, delineou-se outra tendência, em que a orientação doutrinária se faz por instruções pastorais, sem definições dogmáticas e anátemas.

A concepção da Igreja Católica do Oriente a respeito do dogma é semelhante à do catolicismo romano, mas só se reconhece a autoridade das decisões dos primeiros sete concílios (com especial importância conferida ao credo niceno, definido no Concílio de Nicéia, em 325). A infalibilidade papal, ou de qualquer outra pessoa ou instituição, não é reconhecida.

Dogma e protestantismo. A infalibilidade papal, assim como a dos concílios, é negada pela Igreja Anglicana e demais igrejas protestantes. Embora a doutrina dos primeiros concílios ecumênicos seja aceita, o ensinamento da igreja é despido de todo caráter impositivo.

A grande questão teológica e filosófica relacionada à aceitação ou rejeição do dogma é a da possibilidade de expressar em termos humanos e imperfeitos as verdades divinas eternas e transcendentes. A teologia católica definiu o problema do "desenvolvimento do dogma": a mensagem divina estaria dada, de uma vez por todas, por meio da pessoa, vida e palavras de Jesus Cristo.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.


Dogmatismo

Posição teórica filosófica que considera possível a existência e o conhecimento de um conjunto de verdades inquestionáveis e válidas para sempre. Atitude de quem pretende que seu pensamento seja aceito como verdade definitiva.

Epistemologia

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Outras[]

Bots/I.A.[]

ChatGPT[]

Outros[]

Dicionários técnicos[]

Dicionário Oxford de Filosofia[]

BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.


Dicionários de política[]

Bobbio, Norberto[]

Trechos:

BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco Pasquino. Dicionário de política. Trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 11 ed., 1998. Vol. 1: 674 p. (total: 1.330 p.) Vários Colaboradores. Obra em 2v.

Sousa, José Pedro Galvão de[]

Trechos:

SOUSA, José Pedro Galvão de; GARCIA, Clovis Lema; CARVALHO, José Fraga teixeira. Dicionário de política. São Paulo: T. A. Queiroz, 1998.


Dicionário do pensamento marxista[]

BOTTOMORE, Tom (editor). Dicionário do pensamento marxista. Zahar, 2013.


Outros[]

Priberam[]

https://dicionario.priberam.org/

Infopédia[]

https://www.infopedia.pt/

Dicio[]

https://www.dicio.com.br/

Outros[]

Outros idiomas[]

Britannica[]

https://www.britannica.com/

Plato (Stanford)[]

https://plato.stanford.edu/

Internet Encyclopedia of Philosophy[]

https://iep.utm.edu/

Cambridge Dictionary[]

https://dictionary.cambridge.org/

Cambridge Dictionary of Philosophy[]

AUDI, Robert; AUDI, Paul (Ed.). The Cambridge dictionary of philosophy. 3 ed. Cambridge: Cambridge university press, 2015.

Others[]

Etimologia[]

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Assuntos relacionados[]

Teoria dogmática do direito

Em oposição à dogmática: Zetética

Em oposição ao dogmatismo: Ceticismo


Referências[]

Notas[]



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