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A ciência é útil para melhorar as condições materiais da existência.

O método utilizado pelas ciencias parece ser aquele que, ao longo do tempo, se mostra suficientemente adequado ao cumprimento de suas promessas ou finalidades.


Ao que parece, há que se admitir ao menos a diferença entre presenciar um evento e ser dele noticiado por terceiros (discussão sobre eventual estrutura de confiabilidade das fontes). (03/05/2025)

ver Ceticismo como método

Definições[]

Dicionários[]

Aurélio[]

ciência

[Do lat. scientia.]

Substantivo feminino

  • 1. Conhecimento (3): tomar ciência.
  • 2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria.
  • 3. Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e, poss., orientar a natureza e as atividades humanas.
  • 4. Campo circunscrito, dentro da ciência (3), concernente a determinada parte ou aspecto da natureza ou das atividades humanas, como, p. ex., a química, a sociologia, etc.
  • 5. A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto: os progressos da ciência em nossos dias.
  • 6. Pop. Habilidade intuitiva, sabedoria: “A ciência da aranha, da abelha e a minha, muita gente desconhece” (Luiz Vieira e João do Vale, da canção popular Na Asa do Vento).


Ciência aplicada. Ciência (3) que é produzida com a intenção de ser aplicada a objetivos práticos. [Cf. tecnologia e ciência pura.]

Ciência básica. 1. Ciência (3) que trata dos aspectos mais gerais ou fundamentais da realidade, ger. sem preocupação com as suas aplicações práticas a curto prazo. 2. Ciência (3) que tem participação fundamental nos conhecimentos necessários ao exercício de um campo de atividade: a anatomia, a bioquímica, etc.

Ciência cristã. Misto de religião e medicina mental, fundada em 1866 nos E.U.A. por Mary Baker-Eddy (1821-1910).

Ciência da computação. Inform. Disciplina que estuda o projeto, a operação, o uso e a programação de computadores, aliando aspectos da matemática, da lógica, da engenharia e da teoria da informação.

Ciência infusa. A que se supõe vinda de Deus por inspiração.

Ciência pura. Ciência (3) em que a investigação é feita sem qualquer preocupação com a aplicação. [Cf. ciência aplicada.]

Ciências biológicas. Biol. O conjunto das ciências [v. ciência (4)] cujos conhecimentos são fundamentalmente orientados para o estudo da biologia, ou são derivados dela: a biologia, a biofísica, a farmacologia, etc.

Ciências contábeis. O conjunto das ciências aplicadas, ou afins, ou derivadas, ou que contribuem fundamentalmente para a contabilidade (1): a contabilidade e a administração.

Ciências da natureza. Ciências naturais .

Ciências da saúde. O conjunto das ciências básicas (2) e aplicadas que tratam da saúde humana e animal: a medicina, a odontologia, a veterinária, etc.

Ciências da Terra. As ciências [v. ciência (4)] que tratam do meio físico ao redor do homem: a oceanografia, a geologia, a geografia física, a climatologia, etc.; geociências.

Ciências da vida. O conjunto formado pelas ciências biológicas e da saúde.

Ciências econômicas. Economia (7).

Ciências empíricas. As ciências [v. ciência (4)] que são formadas pela observação da natureza e por teorias e hipóteses que podem ser com ela diretamente confrontadas. [Cf. ciências formais.]

Ciências exatas. As ciências [v. ciência (4)] que se baseiam em teorias, normalmente expressas matematicamente, capazes de fornecer conceitos precisos.

Ciências experimentais. Aquelas cujo método exige o recurso da experimentação.

Ciências físicas. A física, a química, e ciências afins, como a meteorologia, a hidrologia, a geologia.

Ciências formais. As ciências [v. ciência (4)] que têm como objetivo de estudo sistemas matemáticos, lógicos e similares, que não se referem, diretamente, à realidade física. [Cf. ciências empíricas.]

Ciências humanas. As ciências [v. ciência (4)] que têm como objetivo de estudo o comportamento do homem e os fenômenos culturais humanos: a psicologia , a antropologia , a história , a sociologia , etc.

Ciências jurídicas. O conjunto das ciências derivadas do direito (13), ou fundamentalmente influenciadas por ele: o direito internacional, o direito criminal, etc.

Ciências linguísticas. 1. A linguística e a fonética. 2. Aquelas que tratam da linguagem e das línguas, como a linguística, a linguística aplicada, a neurolinguística, a psicolinguística e a sociolinguística.

Ciências matemáticas. As ciências [v. ciência (4)] em que as investigações fazem uso da matemática, ou são fundamentalmente influenciadas por ela, ou são dela derivadas: a matemática, a estatística, a física teórica, etc.

Ciências morais. As que estudam os sentimentos, pensamentos e atos do homem, aquilo que constitui o espírito humano.

Ciências naturais. As ciências [v. ciência (4)] que têm como objetivo de estudo a natureza em torno do homem, sendo este incluído apenas na condição de animal natural: a física , a química , a astronomia , a geologia , a biologia . [Cf. história natural.]

Ciências normativas. Aquelas que, como a lógica e a moral, traçam normas ao pensamento e à conduta humana.

Ciências ocultas. Ocultismo (1).

Ciências políticas. O conjunto das ciências que estudam a organização e o funcionamento do Estado, e as interações dos grupos nele existentes: a política , a sociologia , etc.

Ciências sociais. As ciências [v. ciência (4)] que têm como objetivo de estudo os grupos humanos: a sociologia, a antropologia, a geografia humana, a história, a linguística, a pedagogia, a psicologia social.

Houaiss[]

ciência

Datação: 1370

Etimologia: lat. scientia, ae 'conhecimento, saber, ciência, arte, habilidade'

substantivo feminino

  • 1 conhecimento atento e aprofundado de algo
    • 1.1 esse conhecimento como informação, noção precisa; consciência
      • Exs.: c. do bem, do mal; tomei c. das irregularidades
    • 1.2 conhecimento amplo adquirido via reflexão ou experiência
      • Exs.: a c. do bom convívio; c. dos negócios
  • 2 corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente
    • Exs.: homem de c.; as leis da c.
  • 3 Derivação: por metonímia.
  • atividade, disciplina ou estudo voltado para um ramo do conhecimento
    • Ex.: a c. da biologia, do direito
  • 4 Derivação: por extensão de sentido.
  • erudição, saber
    • Ex.: ser um poço de c.
  • 5 Rubrica: filosofia.
  • conhecimento que, em constante interrogação de seu método, suas origens e seus fins, obedece a princípios válidos e rigorosos, almejando esp. coerência interna e sistematicidade
    • 5.1 Rubrica: filosofia.
    • cada um dos inúmeros ramos particulares e específicos do conhecimento, caracterizados por sua natureza empírica, lógica e sistemática, baseada em provas, princípios, argumentações ou demonstrações que garantam ou legitimem a sua validade


Sinônimos/Variantes: ver sinonímia de sapiência

Antônimo: ver antonímia de prática e sinonímia de ignorância

Locuções:

c. infusa: ciência espontânea, não adquirida, que se acredita, por vezes, ser de inspiração sobrenatural ou divina

c. política: ciência social cujo objeto principal é a descrição e a análise das instituições e processos políticos, esp. governamentais; politicologia, politologia

c. pura: atividade científica exclusivamente intelectual, sem aplicação prática ou técnica

c. abstratas: ciências cujos objetos se situam no plano das abstrações tratadas por métodos científicos (lógica , matemática , estatística etc.)

c. aplicadas: disciplinas que visam à aplicação prática e/ou técnica de resultados científicos

c. biológicas: Rubrica: biologia. m.q. biologia

c. concretas: ciências que têm por objeto o estudo das coisas concretas, dadas no plano empírico

c. econômicas: m.q. economia ('disciplina')

c. exatas: ciências cujos métodos e resultados se baseiam na fidelidade e precisão de números, grandezas, proporções etc.

c. experimentais: ciências que adotam sistematicamente métodos e princípios fundamentados em experiências e não na simples observação

c. físicas: ciências relativas ao mundo físico, ao estudo das propriedades dos corpos e das forças que atuam sobre eles (esp. a física e a química)

c. humanas: disciplinas que tratam dos aspectos do homem como indivíduo e como ser social (psicologia , história , sociologia etc.)

c. morais: Rubrica: ética. ciências que tratam da moral, das regras de conduta etc. em seus diversos aspectos

c. naturais: ciências que têm por objeto a observação e o estudo da natureza e dos fenômenos naturais (biologia , botânica , zoologia , geologia etc.)

c. normativas: Rubrica: ética. ciências que estabelecem normas para a conduta humana com respeito a valores éticos

c. ocultas: Rubrica: ocultismo. conhecimentos relativos a fatos que escapam a explicações objetivas e cuja prática é confiada a pessoas supostamente iniciadas (alquimia, magia, quiromancia etc.); ocultismo

c. sociais: disciplinas que têm por objeto o estudo das sociedades humanas em seus diferentes aspectos (sociologia, antropologia etc.)


Michaelis[]

https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/

Oxford Languages / Google[]

Wikcionário[]

https://pt.m.wiktionary.org

Outros[]

Enciclopédias[]

Wikipedia[]

Trechos:

Ciência é um esforço rigoroso e sistemático que constrói e organiza o conhecimento na forma de explicações e previsões testáveis sobre o mundo. A ciência moderna é normalmente dividida em três ramos principais: as ciências naturais (por exemplo, física, química e biologia), que estudam o mundo físico; as ciências sociais (por exemplo, economia, psicologia e sociologia), que estudam indivíduos e sociedades; e as ciências formais (como lógica, matemática e ciência da computação teórica), que estudam sistemas formais, governados por axiomas e regras. Há desacordo se as ciências formais são disciplinas científicas, visto que não dependem de evidências empíricas. As ciências aplicadas são disciplinas que utilizam o conhecimento científico para fins práticos, como a engenharia e a medicina.

[...] Os primeiros filósofos gregos da escola milesiana, fundada por Tales de Mileto e posteriormente continuada por seus sucessores Anaximandro e Anaxímenes, foram os primeiros a tentar explicar os fenômenos naturais sem depender do sobrenatural. [...]

A pesquisa científica envolve o uso do método científico para buscar explicar objetivamente os acontecimentos da natureza de uma maneira reprodutível. Os cientistas geralmente tomam como certo um conjunto de pressupostos básicos necessários para justificar o método científico: existe uma realidade objetiva partilhada por todos os observadores racionais; esta realidade objetiva é governada por leis naturais; estas leis foram descobertas por meio de observação e da experimentação sistemáticas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia


Etimologia e definição

A etimologia da palavra ciência vem do latim scientia ("conhecimento"), o mesmo do verbo scire ("saber") que designa a origem da faculdade mental do conhecimento. Esta acepção do termo se encontra, por exemplo, na expressão de François Rabelais: "Ciência sem consciência arruina a alma". Ele se referia assim a uma noção filosófica (o conhecimento puro, a acepção "de saber"), que em seguida se tornou uma noção religiosa, sob a influência do cristianismo. "A ciência instruída" referia-se então ao conhecimento dos religiosos, da exegese e das escritas, parafraseando a teologia. A raiz "ciência" reencontra-se em outros termos tais como "a consciência" (etimologicamente, "com o conhecimento"), "presciência" ("o conhecimento do futuro"), "onisciência" ("o conhecimento de tudo"), por exemplo.


Definição larga

A palavra ciência possui vários sentidos, abrangendo principalmente três acepções:

  1. Saber, conhecimento de certas coisas que servem à condução da vida ou à dos negócios.
  2. Conjunto dos conhecimentos adquiridos pelo estudo ou pela prática.
  3. Hierarquização, organização e síntese dos conhecimentos através de modelos e princípios gerais (teorias, leis, etc.).

Cita-se de passagem que o próprio conceito de teoria tem várias acepções não específicas que mostram-se muito distintas da que é encontrada em um meio científico, sendo entre estas certamente conhecida a acepção em senso comum de teoria como algo duvidoso, não provado, descartável. Esta acepção e correlatas mostram-se contudo radicalmente diferente da acepção de teoria científica ao considerar-se a acepção stricto sensu da palavra ciência.


Definição estrita

Segundo Michel Blay, a ciência é "o conhecimento claro e evidente de algo, fundado quer sobre princípios evidentes e demonstrações, quer sobre raciocínios experimentais, ou ainda sobre a análise das sociedades e dos fatos humanos." Esta definição permite distinguir os três tipos de ciência: as ciências formais, compreendendo a Matemática e as ciências matemáticas como a estatística; as ciências físico-químicas e experimentais (ciências da natureza e da terra como a física, química, biologia, medicina); e as ciências sociais, que ocupam-se do homem, de sua história, do seu comportamento, da língua, do social, do psicológico e da política, entre outros. No entanto, embora convencionais, seus limites não são rígidos, e não se mostrando estritamente definidos; em outras palavras, a rigor, não existe categorização sistemática dos tipos de ciência, e para tentar-se fazê-lo ter-se-ia antes que resolver um complicado questionamento epistemológico.

A stricto sensu, a ciência é única: se um corpo de conhecimento é produzido mediante os rigores do método científico, este é ciência, em caso contrário, bastando para tal transcender em qualquer ponto o método científico, não o é.

A ciência é única também ao considerar-se o conjunto de evidências - de fatos - sobre o qual trabalha. Embora seja comum priorizar-se ou destacar-se o subconjunto de fatos mais pertinentes a um problema ou área de estudo em particular - vez por outra falando-se pois nos "fatos da física", "fatos da química", etc. - uma hipótese científica, para ser aceita com valor lógico verdadeiro no paradigma científico válido, deve estar em acordo com todos os fatos científicos conhecidos à época em consideração. As condições impostas sobre as hipóteses implicam não apenas que o conjunto de todas as hipóteses de uma teoria científica estejam necessariamente harmônicas com o conjunto de todos os fatos conhecidos, como também implicam a necessária harmônicas destas, e das diversas teorias de um paradigma válido - quaisquer que sejam - entre si. Se divergências forem verificadas, as respectivas teorias encontram-se impelidas a evoluir.


Definições filosóficas

Embora para um cientista a definição de ciência que vale é a estrita, há considerável discussão sobre o que é ciência no meio filosófico, e neste meio acham-se várias definições de ciência, e várias considerações sobre sua abrangência.

A palavra ciência, no seu sentido estrito, se opõe à opinião (doxa em grego), e ao dogma, ou a afirmações de natureza arbitrárias. No entanto a relação entre a opinião de um lado e a ciência do outro não é estritamente sistemática; o historiador das ciências Pierre Duhem pensa com efeito que a ciência é a âncora no sentido comum, que deve salvar as aparências.

O discurso científico se opõe à superstição e ao obscurantismo. Contudo, a opinião pode transformar-se num objeto de ciência, ou mesmo uma disciplina científica à parte. A Sociologia da ciência analisa esta articulação entre ciência e opinião; os relatos são mais complexos ou mais tênues em acordo com a situação, mas de forma geral podem ser resumidos na frase de Gaston Bachelard: "a opinião pensa mal; não pensa".

Em senso estrito a ciência certamente se opõe às crenças em seu método de trabalho, contudo em meios não acadêmicos, ou mesmo acadêmicos, é comum esquecer-se a última parte da frase, e afirmar-se simplesmente que a ciência se opõe às crenças; por extensão a ciência é frequentemente considerada como contrária às religiões. Esta interpretação é mais comum do que se pensa, sendo frequentemente usada em ambos os lados, embora com maior frequência por cientistas do que por religiosos.

A ideia de ciência com o objetivo de produzir conhecimento é problemática para alguns; vários dos domínios reconhecidos como científicos não têm por objetivo a produção de conhecimentos, mas a de instrumentos, máquinas, de dispositivos técnicos. Terry Shinn assim propôs a noção de "investigação técnico-instrumental". Os seus trabalhos com Bernward Joerges a propósito da instrumentação assim permitiram destacar que o critério científico não é atribuído unicamente às ciências do conhecimento.

A acepção da palavra ciência conforme definida no século XX e XXI é a da instituição da ciência, ou seja, o de conjunto das comunidades científicas que trabalham para melhorar o saber humano e a tecnologia, incluso nesta acepção considerações de natureza internacional, metodológica, ética e ou política.

A noção de ciência acima apresentada, ou mesmo outra, está longe, entretanto, de ser consensual. Segundo o epistemologista André Pichot, é "utópico querer dar uma definição a priori da ciência".

O historiador das ciências Robert Nadeau explica, por seu lado, que é "impossível passar aqui em revista o conjunto dos critérios de demarcação propostos desde cem anos pelos epistemologistas [para se definir ciência] ... [e que] pode-se aparentemente formular um critério que exclui qualquer coisa que se queira excluir, e conserva qualquer coisa que se queira conservar."

O físico e filósofo das ciências Léna Soler, no seu manual de epistemologia, começa igualmente por sublinhar pelos limites da operação de definição.

Os dicionários propõem certamente algumas definições. Mas, como recorda Léna Soler, estas definições não são satisfatórias, como quase nunca são quanto o assunto são verbetes ligados às cadeiras científicas. As noções de universalidade, de objetividade ou de método científico (sobretudo quando este último é concebido como a uma única noção em vigor) é objeto de numerosas controvérsias para que possam constituir o pedestal de uma definição aceitável. É necessário, por conseguinte, ter em conta estas dificuldades para descrever a ciência. E esta descrição continua a ser possível tolerando-se certa vaporosidade epistemológica.


Das correntes filosóficas à definição estrita

Empirismo

De acordo com o empirismo, as teorias científicas são objetivas, empiricamente testáveis e preditivas — elas predizem resultados empíricos que podem ser verificados e possivelmente contraditos.

Mesmo alheio à tradição empírica há de se compreender que "predição" em ciência refere-se mais ao planejamento de experimentos ou estudos futuros e às expectativas quanto aos resultados do que literalmente predizer o futuro, mesmo que o número de acertos associados à predição - graças a uma teoria bem corroborada - venha a ser considerável. Certamente consegue-se hoje prever com enorme antecipação a hora de um eclipse, contudo dizer que "um paleontólogo pode fazer predições a respeito do achado de um determinado tipo de dinossauro" também é plenamente consistente com o uso empírico da predição, mesmo que por um azar do destino, este nunca venha a encontrá-lo. Embora a capacidade de fazer tais predições certamente sejam objetivos destas cadeiras via avanços contínuos nos modelos associados, tem-se ainda que ciências como a geologia ou meteorologia não precisam ser capazes de fazer predições acuradas sobre terremotos ou sobre o clima para serem qualificadas como ciência. Em particular para a meteorologia, com os avanços tecnológicos verificados nas últimas décadas, não se "prevê" mais o clima, se sim se "vê", via satélite, como estará o clima daqui a uma semana ou mais. Expandindo um pouco o leque filosófico, o filósofo empírico Karl Popper argumentou que determinada verificação é em verdade impossível, e que a hipótese científica pode ser apenas falseável (falseabilidade).

O Positivismo, uma forma de empirismo, defende a utilização da ciência, tal como é definida pelo empirismo, a fim de governar as relações humanas. Em consequência à sua afiliação próxima, os termos "positivismo" e "empirismo" são geralmente usados intercambialmente. Ambos têm sido objetos de críticas.


Realismo científico

Em contraste, o realismo científico define ciência em termos da ontologia: a ciência se esforça em identificar os fenômenos no meio, os elementos físicos envolvidos nestes fenômenos, suas relações de causalidade, e por fim os mecanismos através dos quais a causalidade se estabelece.

As posturas filosóficas fazem-se mais uma vez presentes:

W. V. Quine demonstrou a impossibilidade de existir uma linguagem de observação independente da teoria, ou seja, compreende-se o desconhecido com base no conhecido. As observações são sempre carregadas de teorias.

Thomas Kuhn argumentou que a ciência sempre envolve "paradigmas", grupos de regras, práticas, premissas (geralmente sem precedentes) e teorias tidas até então como válidas, e as transições entre paradigmas geralmente não envolvem necessariamente a verificação ou falseabilidade de teorias científicas. Além disso, ele argumentou que a ciência não progrediu historicamente com a acumulação constante de fatos, como o modelo empirista expressa.


O melhor de cada uma

É contudo verificável que o método científico - base da definição da ciência moderna - preserva os traços mais importantes - estes não conflitantes - tanto da postura empirista como da realista. A saber identifica-se facilmente, nas teorias científicas modernas e no método, a existência obrigatória de um conjunto de fatos empíricos, a obrigatoriedade do teste experimental, a previsibilidade de fenômenos ou fatos ainda desconhecidos, a causalidade, os mecanismos que implicam a relação de causa efeito, e vários outros.

Em resumo, verificado que os dois juntos funcionam harmonicamente, se é a teoria que determina a observação (realismo), ou a observação que determina a teoria (empirismo) - pelo menos à luz da ciência - não importa. O problema de se determinar o início e o fim de uma curva fechada (o método científico é descrito por um diagrama fechado) não é um problema para a ciência, quer seja este um problema filosófico, quer não.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia

Barsa (Encyclopaedia Britannica do Brasil)[]

Ciência

Conjunto de conhecimentos sobre determinado objeto ou fenômeno, agrupados segundo certos critérios e a partir de uma metodologia específica.

Bacon, Francis ; Bacon, Roger ; Natureza ; Pós-moderno ; Positivismo ; Pragmatismo ; Revolução

v. tb. Classificação, teoria da; Epistemologia; Galileu; Invento; Lógica; Mach, Ernst; Metodologia científica; Newton, Isaac; Tecnologia


Tão antiga quanto a própria existência do homem é sua inquietude diante da percepção e da compreensão dos objetos e dos fenômenos que o cercam. As noções sobre astronomia, geometria e física herdadas de antigas civilizações, como a suméria, a egípcia, a babilônia e a grega, constituem o alicerce do pensamento científico contemporâneo.

Em termos gerais, ciência se confunde com qualquer saber humano. Em sentido estrito, define-se ciência como as áreas do saber voltadas para o estudo de objetos ou fenômenos agrupados segundo certos critérios e para a determinação dos princípios que regem seu comportamento, segundo uma metodologia própria.

Origem das ciências. Em última instância, a origem da ciência radica na capacidade de raciocínio do homem e em sua disposição natural para observar. Os primeiros seres humanos se deixaram fascinar pelo espetáculo oferecido pelos astros e, após observação contínua de sua movimentação, perceberam certa regularidade nos ciclos solar e lunar e na passagem periódica de cometas. A primeira grande conquista científica foi, portanto, a constatação de que certos fenômenos se repetem.

A imitação da natureza e a necessidade de superá-la e dominá-la, as inovações técnicas exigidas por cada sociedade para satisfazer seus interesses bélicos e comerciais e o prazer intelectual do conhecimento foram fatores decisivos no desenvolvimento inicial da ciência. Cada etapa da evolução científica esteve impregnada da filosofia de seu tempo e, em algumas épocas, houve grande empenho em justificar teoricamente certas concepções políticas ou teológicas. O conflito ideológico entre ciência e religião, ou entre ciência e ética, foi um traço marcante de muitas civilizações ao longo da história.

O vertiginoso avanço científico verificado nos séculos XIX e XX favoreceu o aparecimento de correntes de pensamento que pretendiam substituir os preceitos morais pelos princípios da ciência. Esse propósito, no entanto, viu-se prejudicado pelas questões éticas levantadas pela utilização das descobertas científicas. Embora na maior parte dos casos os estudos científicos não suscitem problemas metafísicos e proporcionem bem-estar e progresso, comprovou-se que podem converter-se em poderoso instrumento de destruição quando postos a serviço da guerra. O aproveitamento da energia nuclear para fins militares toldou em parte o ideal científico racionalista.

Por outro lado, surgiram recentemente outras questões polêmicas, envolvendo a engenharia genética, sobretudo no que se refere à manipulação das primeiras fases da vida humana, com a inseminação artificial, a fecundação in vitro, o congelamento de embriões e a possível produção de clones humanos.

Classificação das ciências. A ambição de saber própria do ser humano fez aumentar de tal forma o volume do conhecimento acumulado que este supera em muito o saber particular de cada indivíduo, tornando necessária a criação de sistemas de ordenação e classificação. O próprio conceito de ciência e sua evolução histórica trazem a necessidade de estipular a área de conhecimento que compete a cada disciplina científica. Criou-se assim a taxionomia, ou teoria da classificação, disciplina independente que determina o objeto de cada área do conhecimento científico.

Aristóteles formulou uma primeira classificação que distinguia três grupos: o das ciências teóricas (física, matemática e metafísica), o das ciências práticas (lógica e moral) e o das ciências produtivas (arte e técnica). Entre os muitos métodos classificatórios menciona-se especialmente o do físico francês André-Marie Ampère, do início do século XIX, segundo o qual as ciências se dividiam em duas áreas: as chamadas ciências cosmológicas (subdivididas em cosmológicas propriamente ditas e fisiológicas), que estudavam a natureza, enquanto as ciências noológicas (subdivididas em noológicas propriamente ditas e sociais) referiam-se aos raciocínios abstratos e às relações dos seres humanos em sociedade.

Embora se haja mantido a pluralidade de critérios no que se refere à ordenação científica, a tendência moderna é definir várias áreas de conhecimento e englobar em cada uma delas múltiplas disciplinas. O conjunto das ciências exatas agrupa a matemática, a física e a química. As ciências biológicas ocupam-se do estudo dos seres vivos em diversos níveis (celular, de tecidos, de órgãos etc.) e compreendem grande número de disciplinas, como a botânica, a zoologia, a genética, a ecologia etc. Uma terceira área de conhecimento agrupa as ciências geológicas e geográficas, que tratam dos fenômenos relativos à Terra, e as astronômicas, relacionadas ao cosmos. Em outra esfera situam-se as ciências médicas, também muito diferenciadas, e um quinto segmento engloba as ciências sociais (economia, sociologia, demografia etc.).

As diversas disciplinas podem também classificar-se em dois grandes grupos, segundo seu objeto seja puramente científico, sem finalidade prática imediata (a chamada pesquisa de ponta) ou integrem a área das ciências aplicadas, como as pesquisas tecnológicas que se desenvolvem nas áreas mais especializadas da engenharia, arquitetura, metalurgia e muitas outras.


História da ciência

Admitindo-se a curiosidade e a ânsia de conhecer como qualidades inatas do gênero humano, pode-se afirmar que o nascimento da ciência deu-se com as primeiras observações dos homens primitivos, antes mesmo que fosse inventada a escrita.

Primeiras civilizações. Alguns monumentos megalíticos, como o cromlech de Stonehenge, na Inglaterra, são testemunho de que os europeus pré-históricos possuíam noções de astronomia e geometria muito superiores às que lhes foram atribuídas durante séculos.

Os primeiros centros importantes de irradiação científica localizaram-se na China, na Índia e no Oriente Médio. A sabedoria e a técnica chinesas superaram as ocidentais durante quase toda a antiguidade. Os sábios chineses mediram fenômenos celestes em tempos muito remotos e progrediram extraordinariamente na alquimia, na medicina e na geografia, apoiados por seus governantes. Os indianos, mais interessados em questões metafísicas, desenvolveram muito a matemática e deram ao mundo moderno o sistema de numeração, transmitido e aperfeiçoado pelos árabes. No Egito prestava-se mais atenção à resolução de problemas técnicos, enquanto na Mesopotâmia os caldeus e babilônios dedicaram-se sobretudo à astronomia e à matemática, além de aperfeiçoarem as técnicas de irrigação e construção de canais.

Cultura grega. O surgimento de uma cultura como a grega, isenta de misticismo exacerbado e onde os deuses eram mais sobre-humanos que divinos, deu lugar aos primeiros modelos racionalistas. Sua filosofia foi a mais importante da antiguidade e serviu de modelo à ciência teórica, baseada na educação e não na experiência, conhecida como filosofia natural. A tradição helênica consagrou Tales, que viveu em Mileto, cidade grega da Anatólia ocidental, no século VI a.C., como o primeiro representante dessa corrente de pensamento. Tales procurou a ordem universal (kosmos em grego significa ordem) mediante a determinação dos elementos fundamentais que compõem o mundo e considerou o destino como motor dos corpos, que se encaminham naturalmente para seu próprio fim. Não deixou escritos, mas discípulos transmitiram e complementaram suas teorias. Chegou-se assim à suposição de que todos os corpos conhecidos se formavam dos quatro elementos: terra, fogo, água e ar.

Fundamental para a ciência grega foi o pensamento de Pitágoras, um dos primeiros a medir fenômenos físicos. Estabeleceu ele as leis acústicas pelas quais se relacionam as notas musicais e aplicou a mesma teoria à disposição dos planetas, do Sol, da Lua e das estrelas no firmamento: esses corpos celestes girariam em volta da Terra em sete esferas concêntricas.

A síntese do pensamento grego veio com Aristóteles, cuja preocupação foi manter a concepção espiritualista de seu mestre, Platão, integrando-a, porém, numa explicação científica do mundo físico. Aristóteles adotou o modelo de esferas concêntricas de Pitágoras. Seus acertos na classificação dos seres vivos foram excepcionais, embora, por falta de conhecimentos matemáticos suficientes, tenha enunciado teorias físicas que, devido ao enorme prestígio que conquistaram na Idade Média, constituíram mais entrave do que benefício na história da ciência. Destaca-se também a figura de Arquimedes, que, discípulo do matemático Euclides, descobriu importantes leis da hidrostática, as roldanas e a alavanca.

As teorias gregas, que atribuíam ao mundo físico os ideais de beleza e perfeição plasmados em suas esculturas, viram-se seriamente abaladas depois da conquista da Mesopotâmia por Alexandre o Grande, pois os cálculos e medidas astronômicas dos caldeus puseram a descoberto falhas e incoerências nos modelos cósmicos aristotélicos. Mais tarde, Ptolomeu conseguiu reduzir as discrepâncias adotando o sistema geocêntrico, que situava a Terra no centro do universo.

A medicina grega atribuía causas naturais a todas as doenças. Hipócrates, estudioso da anatomia e do corpo humano, é considerado o pioneiro da medicina, embora esta tenha chegado ao apogeu na época helenística alexandrina. Destacaram-se então os estudos de Galeno de Pérgamo, que descobriu as veias, as artérias e os nervos, aos quais caberia propagar a energia vital pelo corpo.

Roma, Islã e cristianismo medieval. O esplendor da ciência de Arquimedes e Euclides coincidiu com o estabelecimento do poder romano no Mediterrâneo. Os romanos limitaram-se a preservar os estudos dos gregos e preferiram resolver problemas de engenharia e arquitetura. Com a decadência e queda do Império Romano, os textos da antiguidade clássica praticamente desapareceram na Europa. A expansão do cristianismo, que se produziu nos últimos séculos do Império Romano, deu novo alento às interpretações espirituais e teológicas do mundo. Somente os mosteiros serviram de refúgio para a ciência antiga, pois neles os monges fizeram cópias manuscritas e comentários dos livros salvos dos saques promovidos pelas tribos germânicas que invadiram o continente.

A civilização árabe assimilou o acervo cultural do Ocidente e transmitiu o saber antigo à cristandade pela ocupação da península ibérica. Traduziram a obra de Aristóteles e de outros filósofos, fizeram progressos na medicina, na astronomia e na alquimia e inventaram a álgebra. Nesse contexto, sobressaem as figuras de Averroés, tradutor e comentarista da obra aristotélica, e de Avicena, cujo Canon foi o texto básico de medicina durante toda a Idade Média.

A cultura cristã medieval submeteu todo o conhecimento ao enfoque teológico. Registraram-se, no entanto, alguns avanços tecnológicos notáveis. As pesquisas no campo da óptica atingiram grande desenvolvimento e a utilização de novas máquinas (como jogos de roldanas) e ferramentas (maças, cinzéis, rolos) permitiram aperfeiçoar os processos de construção e deram base técnica aos estilos arquitetônicos românico e gótico.

Revolução científica e revolução industrial. A consolidação do estado como instituição, a intensificação do comércio e o aperfeiçoamento da tecnologia militar contribuíram para aumentar o interesse pelas realizações técnicas. O Renascimento, primeiro na Itália e depois no resto da Europa, contribuiu com uma visão mais completa dos clássicos da antiguidade e levou ao humanismo, que concebia o homem como imagem de Deus, capaz e digno de criar. O exemplo máximo de gênio criador do Renascimento foi Leonardo da Vinci, que se destacou como artista, inventor, engenheiro e perito em anatomia humana.

Os antigos modelos teóricos já não comportavam o volume gigantesco dos novos conhecimentos e, por isso, a maior parte das perguntas ficava sem resposta. Era preciso estabelecer um modelo básico e uma metodologia que servissem de orientação para os novos estudos. Esses recursos foram fornecidos por Copérnico, Galileu, Newton e outros cientistas, que tiveram de superar dois obstáculos de monta: as idéias e o prestígio de Aristóteles, muito arraigados no espírito medieval, e a hegemonia dos princípios defendidos pela igreja.

O heliocentrismo, modelo que situa o Sol no centro do universo, já fora usado por Aristarco de Samos na Grécia antiga. Não podendo ser confirmado pela experiência, foi superado pelo geocentrismo de Ptolomeu. Copérnico enfrentou o mesmo problema ao formular sua teoria heliocêntrica, embora apoiado pelos estudos e observações de outros astrônomos, como Tycho Brahe, Kepler e Galileu, que foi o primeiro a utilizar o telescópio.

A obra De humani corporis fabrica libri septem (1543; Sete livros sobre a organização do corpo humano), de Andreas Vesalius, aplicou um novo método ao estudo do corpo humano, que contestava Galeno em algumas opiniões, até então tidas como irrefutáveis. A química, ainda centrada na análise da enorme quantidade de substâncias descobertas pelos alquimistas, só encontrou seu caminho científico moderno com Lavoisier, no século XVIII.

No século XVII, Newton publicou sua obra magna: Philosophiae naturalis principia mathematica (1687; Princípios matemáticos da filosofia natural), em que não só anunciava as leis fundamentais do movimento dos corpos e da gravitação universal, como apresentava um método de trabalho que se mostraria aplicável a muitas áreas científicas. Simultaneamente com Leibniz, Newton inventou o cálculo infinitesimal, que daria a seus sucessores um valioso instrumento matemático. Uma das conseqüências mais importantes das idéias e do método newtonianos manifestou-se no século XVIII, quando Coulomb enunciou uma lei análoga à lei de Newton para a mecânica, aplicável à eletricidade.

As ciências biológicas progrediram mais lentamente que as ciências técnicas. No século XVIII, porém, surgiu a primeira classificação rigorosa de animais e vegetais que se conhece desde a época de Aristóteles. Com ela, o sueco Carl von Linné, conhecido como Lineu, lançou as bases da taxionomia moderna na classificação botânica e zoológica.

Atomismo, evolução e relatividade. No século XIX surgiu um novo enfoque das ciências, marcado de certa forma pela descoberta do mundo microscópico e pela formulação de modelos atômicos. A conexão entre as forças elétricas e magnéticas, corroborada por Oërsted e Faraday, deu origem a uma teoria unitária das modalidades físicas de ação recíproca que se mantém até hoje. Houve grandes progressos nos métodos matemáticos e, conseqüentemente, na formulação de complexos modelos teóricos. Joule e Helmholtz estabeleceram o princípio de conservação da energia e Helmholtz descobriu também a natureza eletromagnética da luz.

Com a teoria atômica de Dalton e o sistema periódico de Mendeleiev, a química consolidou seus princípios e seu método, enquanto a biologia teve grande impulso com os estudos de classificação realizados por Cuvier. Ainda no século XIX, o naturalista inglês Darwin provocou uma autêntica revolução, que durante muitos anos foi objeto de controvérsia, com a publicação do livro On the Origin of the Species by Means of Natural Selection (1859; A origem das espécies), onde se acha exposta a célebre teoria da evolução. Em 1838, Schwann e Schleiden lançaram as bases da teoria celular. Pouco depois, Pasteur e Koch estudaram a natureza dos germes microscópicos causadores das enfermidades e criaram as primeiras vacinas. As ciências sociais progrediram e deram nascimento à sociologia e à economia como disciplinas científicas e independentes.

O século XX principiou com a descoberta da radioatividade natural por Pierre e Marie Curie e o anúncio de novas doutrinas revolucionárias. A confirmação do conceito evolucionista das espécies e a extensão dessa idéia ao conjunto do universo, junto com a teoria quântica de Planck e a teoria da relatividade de Einstein, levaram a um conceito não-causal do cosmo, em que só é lícito adquirir conhecimento a partir de dados estatísticos, cálculos de probabilidade e conclusões parciais. Nada disso implica um retrocesso na validade do método científico, pois não se duvida que esse método assegurou enormes progressos tecnológicos, mas sim um reconhecimento, por parte da ciência, de sua incapacidade de dar respostas cabais sobre a natureza e a origem do universo.

Na segunda metade do século XX, os métodos de observação de alta precisão apresentaram notáveis progressos com o descobrimento do microscópio eletrônico, no qual as lentes foram substituídas por campos eletromagnéticos e a luz por um feixe de prótons, e dos microscópios de raios X e de ultra-som, com grande poder de resolução.

A reunião de disciplinas como a automação, destinada ao estudo e controle dos processos em que o homem não intervém diretamente, e a informática, ou conjunto de técnicas dedicadas à sistematização automática da informação, nasceram outras disciplinas como a robótica, que se ocupa do desenho e do planejamento de sistemas de manipulação a distância. Essa área de conhecimento teve aplicação, por exemplo, na astronáutica. Permitiu que o homem chegasse à superfície da Lua ou viajasse pelo espaço cósmico.

No campo da astronomia foram criadas disciplinas como a astronomia das radiações ultra-violeta e infravermelha, dos raios X, gama e outros. Esses progressos se devem aos conhecimentos da física nuclear, que permitiram descobrir uma enorme quantidade de fenômenos e de corpos celestes, como os buracos negros, objetos astrais de densidade elevada e que não emitem radiação, e os quasares, objetos semelhantes às estrelas que emitem radiações de grande intensidade.

A ciência moderna tem-se esforçado para obter novos materiais e fontes de energia alternativas para o carvão e o petróleo. O progresso da técnica permitiu a fabricação de semicondutores e dispositivos eletrônicos que conduziram aos computadores modernos. O domínio dos processos atômicos e nucleares possibilitou a construção de centrais elétricas e instrumentos de precisão. A aplicação de novas tecnologias na medicina e o maior conhecimento do corpo humano e de seus mecanismos proporcionaram uma melhora apreciável nas condições de vida dos habitantes do planeta.

Classificação, teoria da; Epistemologia; Metodologia científica

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BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.


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Bobbio, Norberto[]

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BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco Pasquino. Dicionário de política. Trad. Carmen C, Varriale et ai.; coord. trad. João Ferreira; rev. geral João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 11 ed., 1998. Vol. 1: 674 p. (total: 1.330 p.) Vários Colaboradores. Obra em 2v.

Sousa, José Pedro Galvão de[]

Trechos:

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Dicionário do pensamento marxista[]

BOTTOMORE, Tom (editor). Dicionário do pensamento marxista. Zahar, 2013.


Outros[]

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https://dicionario.priberam.org/

Infopédia[]

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https://plato.stanford.edu/

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Cambridge Dictionary of Philosophy[]

AUDI, Robert; AUDI, Paul (Ed.). The Cambridge dictionary of philosophy. 3 ed. Cambridge: Cambridge university press, 2015.

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Reflexões/Questões em aberto[]

Ciencia e ideologia política: Conhecimentos científicos costumam ser utilizados por ambos os lados do espectro ideológico, podendo-se observar certa resistência por grupos da direita religiosa, assim como, em menor grau, em grupos de esquerda que questionam um possível caráter "ideológico" da Ciência enquanto ferramenta de dominação "burguesa".


A ciência é útil para melhorar as condições materiais de existência. (03/05/2025)

O método utilizado pelas ciencias parece ser aquele que, ao longo do tempo, se mostra suficientemente adequado ao cumprimento de suas finalidades/promessas.


Ao que parece, há que se admitir ao menos a diferença entre presenciar um evento e ser dele noticiado por terceiros (discussão sobre eventual estrutura de confiabilidade das fontes). (03/05/2025)

Comumente, um dos critérios de confiabilidade exigidos é saber se, ao menos em tese, haveria maneiras de verificar objetivamente se determinada ideia poderia ser provada falsa (refutabilidade).


Há uma relação inevitável entre ciencia e ceticismo?

ChatGPT said:

Sim, há uma relação inevitável e essencial entre ciência e ceticismo. O ceticismo está no coração do método científico — não como negação ou descrença, mas como uma atitude crítica e investigativa diante de qualquer alegação. 🔍 O que é ceticismo, nesse contexto? O ceticismo científico é: Questionar afirmações até que haja boas evidências. Exigir provas empíricas, testes replicáveis e argumentos sólidos. Estar disposto a mudar de ideia diante de novas evidências. Ou seja, ceticismo é o mecanismo de defesa da ciência contra o dogma, o erro e a pseudociência. 🧪 Ciência sem ceticismo não é ciência Se a ciência aceitasse ideias sem questionar: Ela pararia de testar hipóteses. Não evoluiria com novas descobertas. Poderia se transformar em doutrina ou crença infundada. Ao contrário, o ceticismo garante que nenhuma ideia, por mais intuitiva ou antiga que seja, esteja imune à revisão crítica. ⚠️ Mas ciência ≠ ceticismo absoluto A ciência não é cética por princípio de rejeição total, como no ceticismo radical filosófico (ex: Pirro). Ela é provisoriamente confiável: aceita o que funciona por agora, até que apareçam melhores evidências. 💡 Em resumo: O ceticismo é o motor da ciência. Ele impede a acomodação, alimenta a revisão contínua e mantém o conhecimento científico como algo dinâmico, autocorrigível e em constante refinamento. Deseja explorar como o ceticismo se manifesta na prática científica (como em revisões por pares ou testes de hipóteses)?


Comumente quanto estou tratando da relação entre crença e racionalidade lógica, surgem os que acreditam que suas crenças são perfeitamente lógicas, o que dificilmente se prova verdadeiro após um exame mais aprofundado.

Diversos[]

Outros sites[]

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/conhecer-o-mundo-mitologia-religiao-ciencia-filosofia-senso-comum.htm

http://filosofiaonlinecevr.blogspot.com.br/2008/03/arte-cincia-filosofia-mitologia-religio.html

http://dererummundi.blogspot.com.br/2009/04/arte-religiao-e-ciencia.html

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Arte-Cultura-Religi%C3%A3o-e-Ci%C3%AAncia-Na/185418.html

http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/russell.htm

Assuntos relacionados[]


Referências[]

Notas[]



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